O Ministério da Saúde anunciou a incorporação da vacina contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) ao Sistema Único de Saúde (SUS). O VSR é uma das principais causas de infecções respiratórias graves, como bronquiolite e pneumonia, especialmente em bebês. Em Santa Catarina, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) aguarda a definição da estratégia de implementação pelo governo federal, e ainda não há data oficial para o início da vacinação.
Novas tecnologias de imunização
A iniciativa faz parte de uma estratégia para reduzir a mortalidade infantil associada ao vírus. Até então, o SUS oferecia apenas o palivizumabe, um anticorpo monoclonal restrito a bebês prematuros extremos (até 28 semanas de gestação) e crianças com doenças pulmonares crônicas ou cardiopatias graves. Com a nova incorporação, a cobertura será ampliada com duas novas tecnologias:
- Nirsevimabe: um anticorpo monoclonal que protege bebês prematuros e crianças com menos de dois anos que apresentam comorbidades. Diferente das vacinas tradicionais, ele fornece proteção imediata, sem a necessidade de o organismo produzir seus próprios anticorpos.
- Vacina recombinante contra os vírus sinciciais A e B: aplicada em gestantes, induz uma resposta imunológica na mãe, garantindo que o bebê receba anticorpos ainda na gestação. Isso proporciona proteção essencial nos primeiros meses de vida, período de maior vulnerabilidade.
Impacto da nova vacina
Dados da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (SAPS) indicam que o VSR é responsável por 80% das bronquiolites e 60% das pneumonias em crianças menores de dois anos. Entre 2018 e 2024, foram registradas 83.740 internações de bebês prematuros devido a complicações relacionadas ao vírus.
Com a incorporação dessas novas tecnologias, espera-se ampliar a proteção para 300 mil crianças a mais do que o protocolo atual permite. Já a vacinação de gestantes pode beneficiar cerca de 2 milhões de recém-nascidos anualmente.
A Secretaria Estadual de Saúde reforça a importância da imunização e aguarda orientações do Ministério da Saúde para definir o cronograma de aplicação no estado. Assim que houver atualizações sobre a chegada da vacina em Santa Catarina, novas informações serão divulgadas.
Fonte: NSC Total
