Os Estados Unidos reuniram oficiais de defesa de mais de 40 países aliados na Alemanha na terça-feira, 26, para discutir o envio de novas armas à Ucrânia para combater a Rússia. No mesmo momento, a Alemanha anunciou que vai enviar tanques de defesa aérea para Kiev pela primeira vez na guerra, mostrando uma mudança na política anterior de não enviar ajuda militar pesada.
A ideia foi que os países reunidos saíssem com um consenso sobre as necessidades de segurança da Ucrânia, segundo o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd J. Austin III. A Alemanha, país-sede do encontro, fez o anúncio durante a reunião. Dezenas de veículos antiaéreos blindados chamados “Gepard Flakpanzer” serão enviados de imediato, mas o governo discute com fabricantes o envio de vários outros carregamentos de armas pesadas.
A reunião ocorreu dois dias depois que Austin e o secretário de Estado dos EUA, Antony J. Blinken, fizeram uma visita secreta à Kiev, onde prometeram mais assistência em uma reunião com o presidente ucraniano Volodmir Zelenski. Após o encontro, Blinken disse que Washington aprovou uma venda de US$ 165 milhões em munição – munição não americana, principalmente para armas da era soviética da Ucrânia – e também fornecerá mais de US$ 300 milhões em financiamento para comprar mais suprimentos.
Segundo Austin, o objetivo dos EUA é garantir que a Ucrânia continue sendo um país soberano e democrático, mas também “ver a Rússia enfraquecida a ponto de não poder fazer coisas como invadir a Ucrânia”.
As observações do secretário de defesa norte-americano parecem representar uma mudança nos objetivos estratégicos dos EUA, uma vez que Washington disse anteriormente que o objetivo da ajuda militar americana era ajudar a Ucrânia a vencer e defender os vizinhos da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) da Ucrânia contra as ameaças russas.