A Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina (SES) reforça a importância da vacinação para prevenir os diferentes tipos de meningite, especialmente entre crianças e idosos. A doença, que pode evoluir de forma rápida e ser fatal, já contabiliza 180 casos confirmados e 14 mortes no estado nos primeiros quatro meses de 2025.
Em 2024, foram registrados 762 casos, número inferior ao de 2023, quando houve 993 confirmações. Apesar da tendência de queda, os números ainda preocupam as autoridades de saúde, que destacam a vacinação como principal forma de prevenção.
As vacinas contra meningite estão disponíveis gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e protegem contra meningite por tuberculose, pneumococo, meningococo e Haemophilus influenzae tipo B (Hib). Elas integram o Calendário Nacional de Vacinação e devem ser aplicadas conforme a faixa etária.
Grupos mais vulneráveis
De acordo com o mais recente Informe Epidemiológico das Meningites, publicado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), os grupos mais atingidos são crianças menores de 5 anos e idosos acima de 60 anos. A maior taxa de incidência foi registrada entre crianças de até 4 anos.
Os casos foram notificados em 56 municípios catarinenses, com maior concentração na região litorânea, especialmente nas cidades de Joinville, Itajaí, Florianópolis, Navegantes, São José, Balneário Camboriú, Chapecó e Palhoça.
Principais sintomas da meningite
A SES alerta para os principais sintomas da doença, que podem variar de acordo com a idade, mas exigem atenção imediata. São eles:
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Febre alta repentina
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Dor de cabeça intensa
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Rigidez no pescoço
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Náuseas e vômitos
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Confusão mental e sonolência
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Convulsões (em casos graves)
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Manchas roxas na pele (especialmente na meningite meningocócica)
Em bebês, é comum haver:
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Choro constante
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Recusa de alimentação
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Moleira inchada
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Irritabilidade
Na presença de qualquer um desses sinais, a recomendação é buscar atendimento médico o mais rápido possível.
Prevenção
“A maneira mais eficaz de prevenção da meningite é por meio da vacinação. Diversas formas da doença, especialmente as bacterianas, podem ser evitadas com vacinas seguras e eficazes, disponíveis gratuitamente”, reforça João Augusto Fuck, diretor da DIVE.
Além da imunização, outras medidas importantes incluem a higienização frequente das mãos e a evitação do compartilhamento de objetos pessoais, como copos e utensílios.