A tradicional fumaça branca que indica a eleição de um novo papa foi vista nesta quinta-feira (8) na Capela Sistina, no Vaticano. O cardeal norte-americano Robert Francis Prevost, de 69 anos, foi escolhido como novo líder da Igreja Católica e adotará o nome Leão XIV, tornando-se o sucessor do papa Francisco.
A eleição ocorreu no segundo dia de conclave, após cinco rodadas de votação. Prevost recebeu o apoio de pelo menos 89 dos 133 cardeais eleitores, o equivalente a dois terços dos votos exigidos.
Com a decisão, Prevost entra para a história como o primeiro papa dos Estados Unidos e também o primeiro pontífice vindo de um país de maioria protestante.
Trajetória internacional e atuação na América Latina
Nascido em Chicago, nos Estados Unidos, Robert Prevost tem uma longa trajetória ligada à América Latina. Atuou por mais de uma década no Peru, especialmente nas cidades de Piura e Trujillo, onde foi missionário, bispo e administrador da Diocese de Chiclayo. Lá, enfrentou momentos delicados, incluindo o período de instabilidade durante o governo Alberto Fujimori.
Cargos no Vaticano e perfil
Antes da eleição, Leão XIV exercia duas das funções mais relevantes da Cúria Romana:
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Prefeito do Dicastério para os Bispos, responsável pela nomeação de bispos no mundo todo
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Presidente da Comissão Pontifícia para a América Latina
Conhecido por seu perfil discreto, moderado e reformista, é considerado alinhado à linha de renovação promovida por Francisco. Possui formação sólida em teologia e direito canônico, com estudos realizados em Roma, na Universidade de São Tomás de Aquino.
Conclave com forte presença internacional
O conclave teve início na quarta-feira (7) e contou com a presença de 133 cardeais de diversas partes do mundo, incluindo sete brasileiros. Após rodadas sem consenso, o nome de Prevost emergiu como escolha de unidade dentro do Colégio de Cardeais.
Agora, como papa Leão XIV, ele assume a liderança espiritual de mais de 1 bilhão de católicos ao redor do mundo, com desafios que envolvem desde a modernização da Igreja até a resposta a crises internas e questões sociais globais.