Uma criança de 5 anos, diagnosticada com autismo severo, apresentou níveis elevados de álcool etílico no organismo após frequentar uma escola da rede municipal de Barra Velha, no Norte de Santa Catarina.
De acordo com a mãe, o cheiro de álcool era percebido diariamente desde o início do ano letivo, intensificando-se com o tempo. A suspeita levou a responsável a procurar atendimento médico, que indicou a realização de exames. O resultado, divulgado em abril, confirmou a presença de álcool etílico no sangue, descartando outras causas clínicas.
A mãe relatou ainda que a criança apresentava sinais como irritação, tontura e dificuldade para dormir. Após o diagnóstico, registrou boletim de ocorrência e acionou o Ministério Público, além de solicitar imagens do sistema de monitoramento da escola.
O advogado da família afirmou que o caso poderá ser enquadrado como tortura, uma vez que a exposição pode ter ocorrido de forma reiterada.
A Prefeitura de Barra Velha instaurou sindicância para apurar a conduta dos servidores e encaminhou os materiais à Promotoria. O Ministério Público confirmou que investiga o caso.
O nome da escola não foi divulgado, a fim de preservar a identidade da criança e de sua família.
