O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou uma ordem executiva nesta quarta-feira (5) proibindo mulheres trans de competirem em categorias femininas, obrigando-as a disputar em torneios masculinos. A medida afeta competições profissionais, escolares e amadoras.
A decisão desafia a autonomia esportiva dada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) em 2021, quando cada federação passou a definir seus próprios critérios para atletas trans. Segundo o jornal ABC News, Trump pretende pressionar o COI e convocará órgãos esportivos como NCAA e WNBA para debater o tema.
A Casa Branca argumenta que a medida visa proteger atletas femininas, enquanto grupos de direitos LGBTQIA+ criticam a decisão, afirmando que ela incentiva a discriminação e dificulta a inclusão. Kelley Robinson, do Human Rights Campaign, alertou que a ordem pode expor crianças trans a assédio e exclusão.
Nos EUA, o caso mais famoso de atleta trans é Lia Thomas, nadadora impedida de disputar as Olimpíadas de Paris devido às regras da World Aquatics. Desde 2022, a entidade restringe a participação de mulheres trans na natação, permitindo apenas aquelas que concluíram a transição antes dos 12 anos.
Embora o decreto afete um número reduzido de atletas trans — menos de 10 entre os 520 mil da NCAA —, a medida tem forte apelo entre eleitores de Trump. Em comícios, a proibição foi recebida com aplausos, e sua campanha veiculou propagandas contra a participação de mulheres trans em esportes femininos. Pesquisas indicam que a maioria dos norte-americanos se opõe a essa inclusão.
Fonte: GE