Uma carga de leite e leite condensado apreendida pela Polícia Federal em agosto de 2024 gerou transtornos para moradores da Rua Júlio Wippel, no bairro Barra do Rio, em Itajaí. O material, que deveria ter sido doado a famílias carentes, acabou vencendo devido à demora na autorização judicial para sua liberação. Com o tempo, o leite estragado começou a vazar do caminhão, causando um forte mau cheiro na região.
Moradores denunciam odor insuportável
De acordo com relatos da comunidade, o problema se agravou na última semana, quando pessoas em situação de rua começaram a saquear o caminhão, rompendo a lona de proteção e consumindo os produtos vencidos. Além disso, parte da estrutura de madeira do veículo foi removida, piorando ainda mais a situação.
O forte odor tomou conta da área, e a Vigilância Sanitária de Itajaí recebeu diversas denúncias. “O cheiro estava insuportável! Foi preciso contratar uma empresa especializada para lavar a rua e minimizar os impactos”, contou Júnior, um dos moradores da região.
Remoção da carga e descarte no aterro sanitário
Nesta terça-feira (18), após pressão da comunidade e ação da Vigilância Sanitária, o Fórum de Itajaí autorizou a remoção da carga. O material começou a ser retirado do local a partir das 13h30, com apoio da Secretaria de Obras do município. Todo o conteúdo do caminhão será descartado no aterro sanitário da cidade.
De acordo com Silvio Schaadt, diretor da Vigilância Sanitária, o caminhão havia sido apreendido por irregularidades e deveria ter tido sua carga redistribuída para doação. No entanto, o tempo para a liberação judicial fez com que os produtos perdessem a validade antes que pudessem ser entregues a quem precisa.
A situação levanta questionamentos sobre a burocracia no processo de doação de alimentos apreendidos e os impactos da demora na decisão judicial. Enquanto isso, os moradores da Barra do Rio enfrentam as consequências do problema.
Fonte: Nd+