Uma fonte da justiça italiana disse à reportagem que “enquanto não receberem da Polícia Federal o aviso de que Robinho e Falco foram localizados, não podem prosseguir com o pedido de extradição ou com o pedido de transferência de execução de pena”.
Robinho e Falco foram condenados, em última instância, sem possibilidade de recurso, em 19 de Janeiro pela Corte de Cassação, a terceira instância da justiça italiana. 20 dias depois, em 15 de fevereiro, o Ministério Público de Milão emitiu o pedido de prisão internacional para espera de extradição. Com isso, os nomes de Robinho e de Falco foram parar na lista vermelha da Interpol.
Passados dois meses do envio ao Brasil do mandado de prisão, nenhuma comunicação foi enviada à Itália até o momento. A reportagem do UOL no Brasil apurou que o paradeiro de Robinho não é desconhecido: ele segue morando em imóveis dos quais é proprietário, em Santos e no Guarujá, no litoral de São Paulo, como durante o processo você pode ler mais sobre a vida dele após a condenação aqui: Condenado definitivamente por estupro, Robinho muda rotina e se isola.
Interpelado, Jacopo Gnocchi, advogado da vítima, disse esperar que seja um problema de lentidão burocrática. “Espero que seja um problema ligado à lentidão da burocracia e não uma tentativa de atrasar a execução de uma sentença justa. Tenho máxima confiança nas autoridades brasileiras”, disse Gnocchi. Ele já tinha anunciado que pretende voltar ao caso, agora tentando a reabertura do processo, agora contra os outros homens que participaram do estupro, mas que não foram acusados oficialmente por terem deixado a Itália antes das investigações.